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dc.contributor.advisorSilva, Constanza Thaise Xavier-
dc.contributor.authorFreire, Diogo Jardim-
dc.contributor.authorWolpp, Eduarda Teodora Rachid-
dc.contributor.authorFerreira, Ezo Neto de Souza-
dc.contributor.authorVasconcelos, Gustavo Bento-
dc.contributor.authorCastro, Vitor Arantes de-
dc.date.accessioned2025-12-11T18:06:45Z-
dc.date.available2025-12-11T18:06:45Z-
dc.date.issued2025-12-11-
dc.identifier.urihttp://repositorio.aee.edu.br/handle/aee/23509-
dc.description.abstractA violência doméstica e familiar contra a mulher é um grave problema de saúde pública, afetando o bem-estar físico, psicológico e econômico das vítimas. Apesar dos avanços legais, os índices permanecem alarmantes, especialmente em contextos como o da pandemia do coronavírus (COVID-19). Este trabalho teve como objetivo identificar o perfil epidemiológico dos casos de violência doméstica e familiar sofridos por mulheres registrados pelo Ligue 180. Tratou-se de um estudo epidemiológico transversal baseado na análise dos dados de 2023 da Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180). Foram incluídas mulheres acima de 18 anos que sofreram agressões no Brasil, considerando informações sobre denunciante, cenário, características da vítima e suspeito, e tipo de violência. As análises estatísticas foram realizadas com o software Jamovi, com um critério de significância de p < 0,05. Foram analisados 448.899 registros com predominância de vítimas na faixa etária entre 18 e 39 anos (56,8%), autodeclaradas como não brancas (54,5%) e residentes na região Sudeste (52,9%). A maioria das vítimas não forneceu informações sobre escolaridade (55,5%) e média salarial (75,8%). As denúncias foram, em sua maioria, contra indivíduos do sexo masculino (81,9%), também com maior incidência entre 18 e 39 anos (42,0%), sendo os cônjuges ou companheiros os principais suspeitos (41,3%). Destaca-se ainda que a maioria dos suspeitos não se encontrava presa no momento da denúncia (63,8%). Em relação ao tempo de exposição à violência, as vítimas relataram que as agressões tiveram início entre 1 e 5 anos antes da denúncia (31,1%). A maioria das violações ocorreu dentro da casa da própria vítima (81,8%), e mais da metade das denúncias foi realizada pela própria mulher (54,4%). A violência psicológica foi o tipo mais comum (54,7%), com episódios diários relatados na maior parte dos casos (57,5%). Verificou-se correlação significativa entre a faixa etária e a cor das vítimas (p < 0,001), indicando que mulheres jovens e não brancas foram mais frequentemente afetadas. Observou-se também associação entre a faixa etária da vítima e o vínculo com o agressor (p < 0,001), evidenciando que, entre as mais jovens, predominou a violência praticada por cônjuges ou companheiros. Além disso, o início das agressões apresentou associação significativa do vínculo entre vítima e agressor (p < 0,001), sendo mais comum que as violações começassem precocemente em relações íntimas. Observa-se, portanto, a necessidade de estratégias de prevenção e de acolhimento que considerem essas especificidades, bem como de formação contínua dos profissionais de saúde, integração entre os setores envolvidos e fortalecimento de políticas públicas e redes de apoio para um enfrentamento efetivo do problema.pt_BR
dc.subjectViolência contra a mulher; Epidemiologia; Política de Saúde.pt_BR
dc.titlePerfil epidemiológico dos casos de violência doméstica e familiar sofridos pelas mulheres registrados pelo Ligue 180pt_BR
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